quinta-feira, 14 de abril de 2016

Lenda da rosa azul

Existem muitas lendas que envolvem a rosa azul, uma delas conta que um sultão tinha uma filha, bela, formosa, porém teimosa. Já em idade de se casar, a jovem princesa insistia em não escolher nenhum pretendente para ser seu marido, porém o sultão insistia. A jovem bela e formosa para se livrar da insistência do pai, decidiu que só se casaria com o pretendente que lhe trouxesse uma linda rosa azul. O sultão espalhou então o decreto pela cidade, de que aquele que trouxesse a mais bela rosa azul, teria a honra de se tornar esposo de sua filha, a linda e teimosa princesa.
Muitos se entusiasmaram, porém encontrar uma rosa azul, era uma missão praticamente impossível. Um jovem nobre, pensou em impressionar a linda princesa esculpindo numa bela safira a figura de um rosa, porém foi rejeitado e expulso do palácio do sultão, a princesa queria uma rosa verdadeira e não um objeto inanimado que representasse uma rosa azul.
Um espertalhão que vivia a vida a cometer furtos pela cidade, ao saber do decreto do sultão e do desejo da princesa em se casar somente com um pretendente que lhe trouxesse uma verdadeira rosa azul, valeu-se de sua esperteza e foi consultar uma velha bruxa eremita que vivia distante da cidade. A velha senhora ensinou-lhe então que ele deveria pegar uma rosa branca e coloca-la num copo com água e um pigmento azul, e esperasse até o dia seguinte. Assim foi feito, o espertalhão, agiu como a velha bruxa lhe recomendou e na manhã seguinte, tinha a tão falada rosa azul. Correu ao palácio e apresentou o feito ao sultão, que entusiasmado correu para a filha e mostrou a tal rosa azul. A princesa como era muito inteligente esmagou as pétalas e disse ao pai que aquilo era um embuste e que aquela rosa era na verdade branca, e que o pretendente havia apenas colorido as pétalas de forma artificial.
Desolado o sultão já não sabia mais o que fazer. Quando um belo dia de seu quarto, a jovem princesa ouve um bardo a cantarolar as mais belas melodias;  o encantamento foi tão grande que a jovem o convida para subir até a sua varanda e lá permanecem um bom tempo juntos a cantarem, trocarem poesias, etc. O amor nasce entre os dois, e ao fim da conversa a princesa pergunta-lhe se ele aceitava se casar com ela?! Ele imediatamente aceita, porém a princesa o lembra de que havia feito uma exigência ao sultão, de que só se casaria se fosse com um jovem que lhe trouxesse a tal rosa azul, e que portanto não poderia voltar atrás no que havia dito.  O jovem bardo não se afligiu e disse, não se preocupe, amanhã tratei a bela rosa azul.

No dia seguinte, o jovem bardo, surge no palácio com uma bonita rosa cor-de-rosa, mostra ao sultão e diz que aquele é a mais bela rosa azul que havia encontrado para oferecer à princesa, o sultão espantado lhe diz que aquilo era uma rosa cor-de-rosa e que a princesa não iria aceitar; mas que iria apresenta-la na mesma.
O sultão segue para o quarto da filha, e lhe diz que um jovem bardo lhe havia trazido a tal sonhada rosa azul, mas que ele, o sultão, não via isso, o que ele via na verdade era uma rosa cor-de-rosa. A princesa (apaixonada) e muito inteligente, ao ver a rosa cor-de-rosa, exclama estupefata que jamais supunha que uma rosa azul fosse assim tão linda e que se casaria com o jovem bardo, já que ele foi o único a conseguir encontrar a tal rosa “azul”.

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