Na Mitologia Grega,
são seres metade mulher e metade peixe (ou pássaro, segundo alguns
escritores antigos) capazes de atrair e encantar qualquer um que ouvisse
o seu canto.
Seu número variava. Viviam em uma ilha do Mediterrâneo, em algum lugar do Mar Tirreno, cercada de rochas e recifes ou nos rochedos entre a ilha de Capri e a costa da Itália.
A sedução provocada pelas sereias era através do
canto. Os marinheiros que eram atraídos pelo seu canto e se aproximavam o
bastante para ouvir seu belíssimo som, descuidavam-se e naufragavam.
Em geral são consideradas filhas do deus rio Aqueloo e
da musa Melpômene ou de Terpsícore. Homero afirmou que elas podiam
prever o futuro, o que condiz com divindades nascidas de Gaia.
Elas participam da lenda de Odisseu e dos Argonautas, em ambos os
casos eles resistiram ao seu canto. Os argonautas, por causa da música
de Orfeu, e Odisseu por causa do conselho recebido de ser amarrado ao
mastro e ordenar à tripulação tapar os ouvidos com cera para
não escutarem o canto das sereias.
As mais extensas referências a elas são as da Odisséia, as da Argonáutica, de Apolônio de Rodes. A mais antiga é a da Odisséia.
Há muitos mitos na Grécia Antiga
sobre sereias, alguns dizem que elas seriam mulheres que ofenderam a
Deusa Afrodite (deusa da beleza e do amor) e como castigo foram viver em
um ilha isolada. Em outros conta-se que elas eram ex-companheiras de Perséfone, filha de Zeus e Deméter, que foi raptada por Hades,
Deus dos Infernos. Segundo a lenda, as sereias devem sua aparência a
Deméter, que as castigou por terem sido negligentes ao cuidarem de sua
filha
As sereias eram representadas como grandes pássaros com cabeça e
busto de mulher. Podemos encontrar sua figura presente em frisos,
monumentos fúnebres, vasos da arte grega, estatuetas, jóias e outras obras.
As sereias representam na cultura contemporânea o sexo e a sensualidade.
Em nossos dias, utiliza-se ainda a expressão "canto da sereia" que
designa algo que tem grande poder de atração em que as pessoas caem sem
resistência.
Na literatura moderna, as sereias inspiraram muito poemas e numerosas
obras, como O Silêncio das Sereias, de Kafka (1917), A história da
sereia, de E.M. Forster (1947), As sereias de Titã, de Kurt Vonnegut
(1959), entre muitas outras.
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