Essa região estava enfraquecida politicamente e socialmente devido às
lutas internas e externas, motivos pelos quais levaram a queda de
Samaria, a capital do reino do norte no ano 722 antes da nossa era.
Quanto ao reino de Judá continuou independente até a conquista da
Babilônia pelo ano 605 antes da nossa era, sendo que de 586 a 539, os
judeus foram escravos na Babilônia.
Mas quando os persas dominam os Babilônios, com a ajuda dos judeus,
em gratificação permitiram os mesmos dar continuidade seus cultos,
costumes culturais e religiosos, posteriormente facilitaram aos mesmos
voltarem a Judá.
Após esse acontecimento político a região de Judá passou a ser chamada de Judeia.
Mas para o azar dos Judeus no ano 333 antes da nossa era, os gregos
sobre o comando de Alexandre o grande, conseguiram vencer os persas
formando um grande império, incluindo a Palestina nos domínios
Macedônicos.
Mas com a morte de Alexandre no ano 323 antes da nossa era, o império
foi dividido entre seus generais, foram vários anos de luta, com
aparecimento de quatro grandes impérios, sendo os mais importantes Egito
e Síria.
A Palestina localizada entre os dois era tida como passagem
estratégica durante os movimentos militares. A Judeia região política e
religiosa concentrava na cidade de Jerusalém, os impostos que eram pagos
ao Egito e à Síria.
No entanto no ano 198 antes da nossa era, o rei Selêucida Antíoco III
tomou posse de toda região, logo em seguida a Judeia cai sobre ao
domínio da Síria.
No ano de 175 sobe ao trono da Síria Antíoco Epífanes, o filho de Antíoco III, envolvendo em seguida em uma guerra com Egito.
Isso porque o povo judeu sempre deu apoio ao Egito, principalmente os lideres religiosos, sacerdotes e escribas.
A religião e a política sempre unidas na Judeia, o sumo sacerdote
presidia tantos os sacerdotes no grande templo, quanto os anciões no
Sinédrio, tribunal com a função de julgar questões criminais e
administrativas.
Disposto penalizar os Judeus, o rei Antíoco dirigiu sobre a cidade
de Jerusalém, derrubando muros, saqueou o templo, levando vasos
sagrados, ouro e dinheiro.
Para acabar com a religião como força política proibiram
imediatamente todas as formas de cultos, principalmente ao Deus Javé,
dando início as perseguições.
Com a profanação do templo, a construção de um altar pagão no lugar
do altar dos holocaustos. Contra essa atitude os macabeus se revoltaram
do mesmo modo todo povo judeu devoto, reuniu nas montanhas com objetivo
de enfrentar os Sírios.
A força militar generalizou a guerra religiosa, transformou em
vitória política, a Cidade de Jerusalém foi reconquistado, o templo
reconsagrado em dezembro do ano 165 antes da nossa era.
Posteriormente, um poderoso exército Sírio em direção a Jerusalém
derrotando os Macabeus, reduzindo a um pequeno grupo isolado nas
montanhas.
No entanto, esse grupo recuperou a credibilidade dos Judeus,
conquistando confiança e sobre o comando de João Hircano que chega ao
poder, domina a Palestina com exceção do norte da Galileia, conquistada
posteriormente pelo Aristóbulo, filho de Hircano.
Os saduceus apoiavam os rebeldes, mas não tinham aprovação dos
fariseus separatistas, pois não aprovavam a política de Hircano, por ter
feito acordos com Roma.
Isso levou uma violenta guerra civil entre o povo judeu, que duraram
muitos anos, com supremacia sempre ora dos fariseus ou saduceus no
comando do poder.
Essa guerra chegou ao seu final com tomada de Jerusalém por Pompeu no
ano 63 antes da nossa era. Transformando todos os judeus como súditos
de Roma.
Pompeu com objetivo de fazer alianças internas indicou o edomita,
descendente de Esaú, Antípatro como procurador de da Judeia, tendo como
sucessor seu filho Herodes o Grande, isso em 47 antes da nossa era.
Para conquistar o povo, Roma permitiu a construção do templo com
esplendor, Jesus teria nascido durante o reinado de Herodes, muito
provável no ano 6 antes da era do cristianismo.
Herodes dividiu o reino entre seus filhos: Judeia foi dada a Arquelau, Herodes a Antipas, Galileia a Filipe.
Arquelau por motivos políticos foi exilado no ano 6 já da nossa era,
seu território passou a ser administrado por procuradores romanos, dos
quais Pilatos seria o quinto.
Herodes governou até o ano 39 da nossa era, aquele que condenou
Jesus, foi destituído do poder, Filipe morreu sem herdeiros em 34.
Herodes Agripa I, neto de Herodes o grande, protegido por Calígula, conseguiu reunificar o reino do Herodes avô.
Fonte: Edjar Dias de Vasconcelos.
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