sábado, 2 de abril de 2016

SALOMÃO

Salomão foi filho do Rei Davi e Bete-Seba, e tornou-se rei de Israel. Rico em sabedoria, dom que pediu ao Senhor para governara, foi ele quem escreveu os provérbios que estão na bíblia. Inclusive, eu reinado teve grande reputação na região, a ponto de vir uma rainha de fora, chamada Rainha de Sabá, conhecê-lo pessoalmente.
A história de Salomão está descrita no livro de reis. De acordo com as escrituras o seu nome significa “Paz” ou “Pacificador”
Antes de tomar posse do reino, um irmão por parte de pai chamado Absalão tentou tomar o trono de Davi. Apesar de Absalão ser um filho mais velho, isso não interferiu na preferência do rei Davi para escolher Salomão como seu sucessor. Ocorreu que Salomão era um filho de promessa, quando Davi já havia se corrigido perante o Senhor por seu pecado (ele engravidou Bete-Seba quando ela ainda era casada e provocou a morte de seu marido para que ele não descobrisse a gravidez. Davi foi repreendido por um profeta e pediu perdão a Deus pelo seu erro; o menino morreu no sétimo dia de vida, e depois Bete-Seba teve um outro bebê: Salomão).
Salomão pediu sabedoria ao Senhor para que governasse e foi atendido em seu pedido. Ele tornou-se o rei mais sábio da história de Israel, além da riquesa material (todas as taças que bebia eram de ouro, pois tinha o metal em abundância), ele tinha riquesa em sabedoria (a exemplo dos provérbios que estão na bíblia, percebe-se a riquesa de conhecimento) tendo desfrutado de um longo período de reinado sem guerras, fazendo juz ao seu nome pacificador.
Foi também quem idealizou a construção do templo, após as últimas orientações de seu pai, quando sentia que a sua morte estava próxima, é o chamado “Templo de Salomão”. Ele mandou construir fortes muralhas na cidade de Jerusalém, e fortaleceu diversas cidades implementando torres de vigia.
Apesar da rica sabedoria, Salomão era casado e teve um grande número de mulheres e concubinas, no que, de acordo com o relato bíblico, suas mulheres lhe perverteram o coração e o seu coração não era perfeito para com o Jeová seu Deus, como o coração de Davi, seu pai. Entretanto Salomão soube preservar o território que herdou de seu pai. Organizou uma nova estrutura administrativa, dividindo as terras em 12 distritos administrativos governados por funcionários nomeados diretamente pela administração central. No exército, deu especial importância a cavalaria e aos carros de guerra, e tinha no mar uma frota de Társis, com as naus de Hirão.
Demonstrou ser um governante justo e imparcial. Inclusive, ele foi responsável pela justiça sobre o caso de duas mulheres que disputavam um mesmo filho. Elas tiveram filhos na mesma época, um dos bebês morreu e a mãe do que morreu roubou o filho da outra durante a noite, e pela manhã discutiram. Procuraram o rei a fim de julgar a causa. Ele mandou chamar um dos guardas e lhe ordenou que cortassem a criança ao meio e desse um pedaço a cada uma. Neste momento uma mãe concordou com a órdem, enquanto a outra chorou e suplicou que não fizesse isso, dizendo-se ser a outra a verdadeira mãe, e que deixassem a criança viva. Dessa forma,   Salomão percebeu que a verdadeira mãe era a que por amor estava abrindo mão de criar a criança para que ela constinuasse viva, e ordenou que lhe entregassem o filho.

Bibliografia:
A Bíblia da Mulher: leitura, devocional, e estudo. 2 ed, Barueri SP: sociedade Bíblica do Brasil 2009.
Bíblia sagrada. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil 2 ed Barueri SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 1988, 1993.

A paixão do Rei Salomão pela mulher inteligente

O rei Salomão é uma figura muito importante na história humana, além de um importante personagem Bíblico, ele é um ícone para os Israelenses e para os Mações.


A Bíblia conta que assim que se tornou rei ele pediu a Deus para ser sábio por causa da responsabilidade de governar um povo tão complexo. O texto sagrado conta que Deus atendeu a oração de Salomão e fez dele um homem muito articulado, grande administrador, inteligente, sábio e muito rico. Foi o rei mais próspero da história antiga de Israel, sua riqueza era tão grande que se tornou uma lenda.

Era empreendedor, fez uma parceria entre Fenícios e Egípcios para exportar o trigo do Egito usando os navios dos Fenícios, esta aliança fez com que os três povos enriquecessem muito e para selar esta aliança ele se casou com duas mulheres, a filha do Faraó e com a filha do rei Fenício (atual Líbano). Depois ele se casou com outras mulheres, filhas de reis vizinhos e nobres dos países para aonde o trigo deste acordo comercial era exportado. Além de rico, sábio e grande administrador, Salomão foi um grande amante, a Bíblia conta que ao todo ele teve mil mulheres entre esposas e amantes concubinas.

Todas estas relações comerciais seladas com casamentos e o fato de Salomão ser considerado grande amante, acabaram por gerar problemas para ele. A Bíblia relata que quando atingiu a meia idade Salomão teve sérios problemas familiares e espirituais. Mas ao final da vida ele soube se reconciliar com Deus e no livro de Provérbios capitulo cinco, deixou registrado seu amor pela mulher da sua mocidade.
   
A mulher da sua mocidade e talvez seu único e verdadeiro amor era uma moça chamada "Sulamita" que significa "pacífica" pois seu nome é derivado de "Shalam-Zion", que significa "paz para Sion". 

Existe uma história muito curiosa sobre esta moça, o texto histórico da bíblia conta que o Rei David pai de Salomão estava muito idoso e sofria de uma doença aonde seu corpo não gerava calor, e mesmo se lá fora a temperatura estivesse altíssima, David sentia fria. Então surgiu a Sunamita como funcionária do palácio real, ela dormia nua abraçada com o rei para que ele conseguisse dormir sem frio, foi então que o então na época príncipe Salomão, se apaixonou por ela.

O texto do livro Bíblico de Cantares foi uma peça musical escrita por ele mesmo para a cerimônia de casamento dos dois. Este texto revela que Salomão também tinha atributos físicos, era um homem alto e formoso.

Salomão era então o perfeito estereótipo de homem que toda mulher deseja, inteligente, bonito, poético, bem articulado, bom amante, e muito rico.

Mas é muito interessante que em alguns textos que ele escreveu sobre as mulheres, ele ressalta como o que mais chamava a sua atenção numa mulher era a inteligência.
Dois textos em especial dão bem esta toada de que ele realmente valorizava sobre tudo a inteligência da mulher.
“A mulher sábia edifica a sua casa, mas a tola derruba com as suas próprias mãos.” Provérbios de Salomão 14:1 e Mulher virtuosa quem a achará”? Provérbios 31:10.

Muitos creem que o texto revela um Salomão machista, muitos até dizem que Salomão coloca o sucesso do casamento na responsabilidade da mulher, dizendo que é a mulher que edifica a casa. Mas não era nada disso que Salomão estava falando.

Quando ele diz que a mulher sábia edifica a sua casa esta afirmação tem base na ideia por trás da própria etimologia da palavra “economia”, a palavra “economia” nasceu do grego antigo “Oico nomos” que quer dizer “administração da casa”. Convém lembrar que Salomão e antigos Gregos também eram parceiros comerciais.

É neste sentido que Salomão está falando, a mulher sábia edifica sua casa porque ela é aquela que sabe fazer a “oico nomos” isso é, a gestão da sua casa, e a faz prosperar.
Sendo assim este verso é uma exaltação a inteligência da mulher que tem competência para exercer a gestão e administração.

O outro verso mais no final do livro de Provérbios ele pergunta: Mulher virtuosa quem a achará?

A mulher virtuosa é uma mulher que concilia beleza e inteligência, a mesma inteligência que ele exalta no capitulo 14. Ao perguntar quem a achará, ele esta revelando que ele mesmo teve muitas mulheres lindas, as mais belas de seu tempo, mas o que realmente diferencia é aquela que é sábia e concilia beleza e inteligência.

Muitas vezes pensamos que na relação homem mulher, o homem repara o corpo da mulher, enquanto para a mulher a beleza não é tão primordial, muitas vezes a mulher se encanta por um homem não tão bonito, mas, que demonstre inteligência. Esta visão popular pode até ser verdade, mas Salomão está revelando que o homem, mesmo o mais rico e mais poderoso, pode num primeiro momento ser levado apenas pelos impulsos físicos e notar apenas um belo corpo feminino, mas na verdade o que realmente um homem procura é uma mulher inteligente.

A mulher com corpão desperta excitação, mas o tesão é passageiro, a mulher inteligente desperta a admiração e esta permanece para toda a vida.

Salomão que é o estereótipo de homem desejável revela que homens adoram seios e quadril, mas se apaixonam mesmo pelas inteligentes.

As mulheres de Salomão (episódio bíblico)

1 Reis 11

1 O rei Salomão amou muitas mulheres estrangeiras, além da filha do faraó. Eram mulheres moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e hititas.
2 Elas eram das nações a respeito das quais o Senhor tinha dito aos israelitas: "Vocês não poderão tomar mulheres dentre essas nações, porque elas os farão desviar-se para seguir os seus deuses". No entanto, Salomão apegou-se amorosamente a elas.
3 Casou com setecentas princesas e trezentas concubinas, e as suas mulheres o levaram a desviar-se.
4 À medida que Salomão foi envelhecendo, suas mulheres o induziram a voltar-se para outros deuses, e o seu coração já não era totalmente dedicado ao Senhor, o seu Deus, como fora o coração do seu pai, Davi.
5 Ele seguiu Astarote, a deusa dos sidônios, e Moloque, o repugnante deus dos amonitas.
6 Dessa forma Salomão fez o que o Senhor reprova; não seguiu completamente o Senhor, como o seu pai, Davi.
7 No monte que fica a leste de Jerusalém, Salomão construiu um altar para Camos, o repugnante deus de Moabe, e para Moloque, o repugnante deus dos amonitas.
8 Também fez altares para os deuses de todas as suas outras mulheres estrangeiras, que queimavam incenso e ofereciam sacrifícios a eles.
9 O Senhor irou-se contra Salomão por ter se desviado do Senhor, o Deus de Israel, que lhe havia aparecido duas vezes.
10 Embora ele tivesse proibido Salomão de seguir outros deuses, Salomão não lhe obedeceu.
11 Então o Senhor lhe disse: "Já que essa é a sua atitude e você não obedeceu à minha aliança e aos meus decretos, os quais ordenei a você, certamente tirarei de você o reino e o darei a um dos seus servos.
12 No entanto, por amor a Davi, seu pai, não farei isso enquanto você viver. Eu o tirarei da mão do seu filho.
13 Mas não tirarei dele o reino inteiro; eu lhe darei uma tribo por amor de Davi, meu servo, e por amor de Jerusalém, a cidade que escolhi".

A Mulher nos tempos bíblicos

Falar sobre costumes das mulheres da antiguidade não é tarefa fácil. Mas queremos com essa exposição fornecer, ao menos um pouco de informações sobre a situação social em que viviam essas mulheres.
 
Por Simone Cabral
 
 
Introdução

Não somente focalizando as mulheres no Antigo e Novo Testamento, procuramos também mostrar algumas facetas do cotidiano feminino de outros povos como: egípcios, gregos e romanos.
Apresentamos no decorrer do trabalho não só informações gerais, mas algumas curiosidades desses povos relativos ao universo feminino.
Para contamos com pesquisas bibliográficas em sites da internet e em livros especializados no assunto.
Esperamos que essas informações nos levem a refletir sobre toda a contribuição das mulheres na formação sociedade.

 

II - As crianças


No Oriente a falta de filhos sempre foi vista como calamidade; dizia-se que a felicidade era proporcional ao numero de filhos e, de modo especial, de filhos homens. Quando chegava o primogênito masculino, a progenitora passava a chamar-se “a mãe de... e deixava de ser a filha de...”. O nascimento de uma filha não era recebido com tanta alegria por causa de sua posição subordinada. Ela representava um bem para a família só na qualidade de força de trabalho.
Após o parto se esfregava com sal a pele do bebê para revigorá-lo; depois ele era enfaixado de modo bastante apertado pra que seus membros crescessem perfeitos.  Era-lhe dado um nome escolhido cuidadosamente; o nome indicava alguma presumida qualidade moral ou física presente na criança. O filho homem era circuncidado ao oitavo dia. O primogênito era resgatado após um mês com uma oferta feita ao sacerdote. A desmama se verificava entre dois a três anos.
Na época do Antigo Testamento não existiam escolas para as crianças das famílias simples. Essas aprendiam do pai e da mãe as coisas necessárias para a vida de cada dia e de seus lábios aprendiam também a lei e o significado das festas religiosas. No tempo de Jesus, a educação da filha dependia ainda completamente da mãe; os meninos, porém, ao atingirem a idade de seis anos, freqüentavam a escola anexa à sinagoga. O único livro de texto para prender o conhecimento da história, da geografia, da literatura e da lei do seu povo era o Antigo Testamento. Se um menino se mostrava particularmente inteligente, podia ser enviado a Jerusalém para aí sentar-se aos pés de algum rabi erudito e assimilar seu conhecimento.
O menino hebreu, além de conhecer a lei, devia também aprender uma profissão. Era tarefa de o pai ensiná-la, assim como era tarefa sua ensinar o significado das festas. Ao chegar à idade dos treze anos, ele se tornava um “bar-mitzvah”, um filho da lei e, do ponto de vista religioso, era considerado um homem adulto. Passava a fazer parte da “minyan”, o grupo  de dez homens adultos, em cuja ausência não era possível celebrar um ofício religioso sinagogal. No primeiro sábado sucessivo ele lia a lei em hebraico e recebia a benção do chefe da sinagoga.  

III - As mulheres em outros povos

 

1 - Casamento das mulheres romanas

Ao longo da República romana podemos verificar que a relação legítima, ou seja, o matrimônio representava, para a aristocracia, uma prática de sucessão e de transmissão de bens através de herdeiros, levando-se em consideração uma série de interesses específicos como o valor do dote, uma herança e alianças políticas. O casamento constituía, principalmente, um ato político dirigido para estabelecer entre as famílias um pacto de ajuda mútua relativo à vida familiar e política; enfim, uma instituição marcada pelo estigma estratégico.
Com isto, uma jovem aristocrática era zelosamente "guardada" para o casamento e o seu futuro esposo era escolhido por seu pai.
Contudo, os motivos que estimulavam estas alianças tendiam a se modificar com a transformação do regime político. As carreiras republicanas, com suas eleições e a luta permanente pelo poder, conduziam a alianças políticas entre as famílias que, com o império, diminuíam sua importância.
No início do Império já era possível perceber aspectos de crise pelo qual atravessava a instituição matrimonial, com a multiplicação dos divórcios, à extensão do concubinato e a diminuição do número de crianças legítimas. O próprio imperador Otávio César Augusto (27 a.C. a 14 d.C.), preocupado com a situação, fez uma série de revisões nas leis que regulamentavam o comportamento social, tentando resgatar os valores aristocráticos colocados em questão. Isso inibiu o casamento entre pessoas muito jovens; a freqüente mudança de matrimônio e impôs um limite aos divórcios. Ele próprio reconheceu publicamente os escândalos da casa imperial quando baniu a sua filha Júlia por suas e orgias noturnas; posteriormente também o fez o imperador Nero (54 a 68 d.C.) através da denúncia do adultério de sua esposa Otávia. Essa atitude caracterizava o reconhecimento público do pai ou do marido da mulher que cometera a falta, a sua não complacência com o vício e uma maneira de inibi-lo na sociedade.

2 – O casamento por leilão das mulheres assírias – por Heródoto de Halicarnassos (484-425 a.C.), 

“Falarei, a seguir, de seus costumes; este é o mais sábio, em nossa opinião, e fui informado de que os ênetos da Ilíria também o seguem. Em cada aldeia, uma vez cada ano, procediam deste modo: assim que as donzelas chegavam à época de casar eram todas reunidas e levadas a um lugar e uma multidão de homens ficava de pé em volta delas; um arauto fazia, então, cada uma delas se levantar e punha à venda; primeiro, a mais bonita de todas e assim que ela era vendida, por muito dinheiro, ele anunciava outra, a que era mais bonita depois daquela; e elas eram vendidas para casamento. Efetivamente, os que eram prósperos entre os babilônios e queriam se casar ultrapassavam uns aos outros e compravam a esposa mais bela; aqueles do povo que queriam se casar e não tinham nenhuma utilidade para a aparência, podiam pegar as donzelas feias e dinheiro também.
Efetivamente, quando o arauto terminava de vender as donzelas mais belas, fazia também se levantar a mais desgraciosa ou uma estropiada, se havia alguma, e a oferecia a quem quer que, para pegá-la e viver com ela, queria a menor quantidade de dinheiro, até ela ser entregue como esposa ao que se comprometia pela menor quantidade. O dinheiro vinha da venda das donzelas bonitas, e desse modo as de belas formas produziam o casamento das feias e das estropiadas. E não era permitido dar a própria filha em casamento a quem quer que se desejasse, nem levar para casa a donzela adquirida sem dar uma garantia: era necessário oferecer um fiador para garantir que iria viver com ela, e então podia levá-la.
E se eles não se dessem bem, o costume mandava devolver o dinheiro. Era também permitido, querendo, vir de outra aldeia para comprar.
Este era, portanto, o mais belo costume que eles tinham; atualmente, porém, ele não existe mais. Eles inventaram outro, ultimamente, para que as donzelas não fossem maltratadas e nem levadas para outra cidade. (...) “[1] 

 

IV – Mulheres e partos da Antiguidade

 

1 - As Egípcias

Os egípcios antigos davam cuidadosa atenção à patologia obstétrica e ginecológica e as práticas cirúrgicas, entre as quais ele classifica a obstetrícia.
No Egito antigo, por ser considerada um dom divino, a medicina era praticada em estreita relação com as atividades religiosas, sendo conduzida em templos-hospitais.

[1] Heródoto de Halicarnassos (484-425 a.C.), apelidado por Cícero de "pai da História" (2), é um dos mais antigos prosadores gregos cuja obra chegou intacta aos nossos dias. Nasceu em Halicarnassos, na Ásia Menor, mas conheceu o Egito, a Fenícia, a Mesopotâmia, a terra dos citas (norte do Mar Negro), Cirene (norte da África) e a Grécia Continental — uma viagem e tanto, para a época.
Um dos mais curiosos relatos de nosso incansável viajante é o que detalha o sistema de "casamento por leilão" (I, 196), atribuído por ele aos antigos assírios (3) e aos ênetos, povo da Ilíria (4) que vivia perto do Mar Adriático.

Alguns templos funcionavam verdadeiras escolas onde, sem dúvida, se estudava também a medicina. Entre as mais famosas estavam as de Mênfis e a da deusa Neith, em Saïs. Esta última, cujo ensino devia compreender a ginecologia e a cirurgia, foi destruída e logo reconstruída no século VI a.C
O templo de Ísis Médica, localizado próximo a Alexandria, existiu até o século V, quando foi destruído por Cirilo, arcebispo daquela cidade, que denunciou Ísis como "demônio odioso" e ordenou que uma igreja cristã fosse construída sobre as ruínas.
Ísis era entre os egípcios a deusa protetora da medicina, da espécie humana, da magia, dos encantamentos, da fecundidade, da maternidade, e protetora das mulheres em todos os problemas peculiares a este sexo. Além dela havia outras divindades, como Anuquet, deusa da fertilidade; Bes, protetora do parto.
O Egito do período dinástico (3000 a.C.-332 d.C.) teria sido o melhor lugar da Antiguidade para se nascer mulher. No final desse período, o historiador grego Heródoto conta, perplexo, que os egípcios, em algumas de "suas maneiras e costumes, fazem o exato oposto das práticas comuns do ser homem. Por exemplo, as mulheres vão ao mercado e ao comércio, enquanto os homens ficam em casa sentados tecendo no tear". As mulheres gozavam de independência legal, social e sexual muito maior que suas contemporâneas gregas e romanas; tinham direito de propriedade e de comercialização de bens, trabalhavam fora de casa, podiam casar com estrangeiros e morar sozinhas, sem a presença de um guardião masculino. Se tivessem a sorte de pertencer a uma família real, eventualmente assumiam o trono.

Uma das rainhas egípcias mais famosas foi Hatchepsut[2], que reinou de 1503 a 1482 a.C. Ela teria impulsionado o papel das mulheres na arte de curar e seu reinado coincide com a idade áurea da cultura egípcia. A ela é atribuída à fundação de três escolas médicas e o desenvolvimento dos jardins botânicos e de ervas medicinais, assim como o estudo e a divulgação do uso dessas plantas.
O alto status social que as mulheres gozavam no Egito antigo refletia-se na soberania de Ísis, e a introdução do culto dessa deusa na Grécia e em Roma coincide com as fases de maior valorização das mulheres na cultura greco-romana. A religião de Ísis era aberta a todos - homens e mulheres, escravos, ricos e aristocratas.
As mulheres egípcias trabalhavam, entre outras ocupações, como sacerdotisas, músicas, farmacêuticas e administradoras. Ilustrações desse período mostram mulheres com seus papiros.
Sabemos dos partos entre as egípcias a partir do que diziam os papiros que foram preservados e decifrados, suplementados pela evidência arqueológica.

[2] Sua trajetória esta citada em detalhes no ponto III. 3

Os homens não participavam da assistência ao parto, mas há evidências de que, em casos de complicações, praticavam a craniotomia e outras formas do que veio a ser chamado de "obstetrícia destrutiva". As descrições das cadeiras de parir, nos papiros, datam de antes de 2500 a.C. Algumas eram fixas, de tijolo; outras, móveis, de madeira.
O papiro de Kahun, de cerca de 1850 a.C., que se supõe ser a cópia de um texto muito mais antigo, contém dezessete prescrições e orientações sobre gravidez e fertilidade, abordando também o prurido vulvar, o prolapso e o câncer uterinos, infecções do trato reprodutivo e urinário, além de técnicas para a escolha do sexo da criança. Menciona ainda um contraceptivo de barreira, feito com excremento seco de crocodilo, em forma de esponja, que, embebida em vinagre, era colocada no fundo da vagina. No papiro de Ebers (cerca de 1550 a.C.), de 108 páginas, são encontradas orientações de assistência à parturiente, incluindo prescrições para a indução do parto, estimular a lactação e tratar as doenças dos seios, assim como para regular a menstruação, tratar e prevenir as leucorréias e corrigir. Nos registros do papiro são identificados a gonorréia e o câncer de útero. Os tratamentos eram administrados pela boca, por irrigação ou fumigação vaginal, ou pela inserção de pessários de linho embebidos com a medicação. Usavam-se afrodisíacos e preparações espermicidas à base de ácido lático.
Os papiros de Berlim, de cerca de 1300 a 1600 a.C., abordam as doenças do seio, a infertilidade e afrodisíacos. Esses papiros, assim como os de Carlsberg, descrevem os testes de gravidez realizados naquela época: pedia-se para a possível grávida embeber com sua urina dois saquinhos de tecido, um contendo sementes de cevada e o outro, de areia; se os dois germinassem, a mulher estava grávida. "O experimento tem sido repetido e até chega a funcionar!", pois os hormônios contidos na urina da mulher grávida podem estimular a germinação do conteúdo dos saquinhos.

 

2 - Na cultura Hebraica

 

Mesmo na Antiguidade há registros de cenários e personagens da ritualística da concepção e do parto, bastante diversos, em que a posição da mulher é nitidamente diferente daquela que podemos identificar entre os egípcios e em povos próximos. Na cultura hebraica, por exemplo, encontrarmos, em relação ao sistema genealógico patriarcal, o registro mítico de uma participação feminina na cena do parto, não menos impregnada de sentido ritual, celebratório, do que o observado entre as egípcias. Verificamos, porém, a presença feminina numa posição que é menos a da autoridade que a da resistência a ela; percebemos a mulher como uma espécie de sacerdotisa, uma celebrante da astúcia prática de algo como uma "razão vital", que recusa os limites da ordem dos homens (no duplo sentido institucional e de gênero) e que se liga profundamente à reprodução num sentido afetivo, simbólico, transcendental.
Entre as hebréias, as parteiras eram chamadas meyaledeth são citadas no Êxodo. Durante o cativeiro dos hebreus no Egito, o faraó disse às parteiras dos hebreus: "Quando ajudardes as mulheres dos hebreus a dar à luz, olhai o sexo da criança. Se for um menino, matai-o. Se for uma menina, deixai-a viver". Como as parteiras desobedeciam, o faraó convocou-as para se explicarem, ao que elas responderam:

"As mulheres dos hebreus não são como as egípcias; são cheias de vida; antes da parteira chegar, já deram à luz." Deus tornou as parteiras eficazes, e o povo cresceu e se tornou bem forte" (Êxodo, 1:13-20)
Estas foram as primeiras parteiras de que a história guardou os nomes, "embora na biblioteca de Assurbanipal, rei da Assíria (século VII a.C.), tenham sido encontrados textos, em caracteres cuneiformes, atinentes à assistência ao parto por mulheres, de cerca de 2500 a.C." .
Supomos que um dos motivos da ausência dos varões na cena do parto eram os severos preceitos higiênico-religiosos dos hebreus, que, como os de muitos pagãos, atestam a crença no perigo extremo das secreções vaginais, tanto a menstruação quanto os lóquios; as mulheres nessas condições contaminavam tudo o que tocassem. De acordo com o Levítico, "quando um homem se deita com uma mulher menstruada e descobre a nudez dela, já que ele desnudou a fonte do sangue que ela está perdendo, e ela mesma por a descoberta esta fonte, os dois serão cortados do meio do povo" (Lv, 20:18) . As mulheres permaneciam impuras depois do parto, por 33 dias se parisse menino e 66 dias, se menina, e, depois desse prazo, para se purificarem, deveriam oferecer em holocausto um cordeiro de um ano e duas rolinhas ou pombos para um sacrifício pelo pecado (Lv, 12:1-8).

Fragmentos dos manuscritos da sinagoga de Ben Ezra, possivelmente uma parte do Eclesiásticos, mostram o conhecimento, entre os antigos hebreus, das técnicas de assistência à reprodução, incluindo a descrição do tratamento do sangramento uterino, instruções para o diagnóstico precoce da gravidez e para a indução do aborto.

3 - A maiêutica das gregas

Entre os gregos, a atenção à gravidez e ao parto era chamada maiêutica, palavra que, vem do grego maieutikós, "concernente ao parto"; a raiz, maia, traduz-se por "parteira, ama ou avó vem do grego maieutikós, "concernente ao parto"; a raiz, maia, traduz-se por "parteira, ama ou avó". A deusa Maia, ou Maya , "avó da mágica", era a protetora dos partos, mãe de Hermes, conhecida também como uma das Plêiades
As maieutas inspiravam grande respeito. Elas visitavam as mulheres antes do parto e as orientavam, durante a gravidez, a se alimentarem bem, a evitarem o excesso de sal e de álcool, e a fazerem exercícios.
As mulheres gestantes eram tratadas com vários privilégios, e em Atenas, "a casa da mulher grávida era considerado um asilo inviolável, um santuário sagrado, onde até o criminoso encontrava refúgio seguro". Em Esparta, a grávida deveria ser poupada de presenciar situações violentas, devendo estar ocupada com o que lhe causasse boa impressão.
A educação física estava entre os preceitos da euteknia, a bênção de filhos bons e sadios dos gregos, incluindo a instituição de corridas e concursos de força entre mulheres, à semelhança dos existentes para os homens. Como argumenta Platão na "República", "se a mulher é capaz de fazer grandes coisas em matéria de medicina ou de música, porque elas não podem fazer também na ginástica e no manejo de armas?". Esta referência sugere de forma surpreendente a importância das mulheres na arte de curar e em outras atividades públicas socialmente valorizadas na Grécia de então.
Na gravidez, a relação sexual era tida como benéfica; Hipócrates a recomendava, e Aristóteles a indicava especialmente antes do parto, para encurtar o processo. O parto ocorria em casa; a parturiente era assistida por uma maieuta e por três ou quatro amigas ou parentas, e os físicos eram chamados apenas na ocorrência de complicações. As maieutas eram geralmente mulheres que tinham parido filhos e estavam na menopausa, como descreve Sócrates a Teeteto:

"Sabes, julgo eu, que nenhuma mulher se faz maieuta de outras mulheres enquanto ainda for capaz de conceber e de dar à luz [...] Diz-se que este costume vem de Artêmis . [...] ela não permitiu às mulheres estéreis serem maieutas, pois a natureza humana é demasiado frágil para exercerem um ofício cuja experiência não possuem; e foi às mulheres que já passaram da idade de dar à luz que ela confiou tal tarefa, a fim de homenagear a semelhança que têm com ela" (Platão).
A partir da menopausa as mulheres mudavam de status social e podiam circular desacompanhadas, o que propiciava o ofício da maiêutica.
Várias graduações de maieutas eram reconhecidas, e aquelas com conhecimentos de dietética, cirurgia e farmácia eram as mais valorizadas.

Sócrates nos conta que:

"As maieutas também podem, por meio de medicinas e encantações, suscitar as dores do parto e suavizá-las, se assim se quiser, fazer parir as mulheres com dificuldades de desembaraçar-se e, até provocar o aborto do feto se o acharem conveniente" (Platão).

Durante o parto, a maieuta supervisionava o uso dos medicamentos. Seu trabalho estava relacionado aos cultos religiosos e ela conduzia encantamentos às deusas da gravidez e do parto, como Ilítia , Artêmis e Hera. Usavam-se a cadeira obstétrica, drogas para acelerar o parto, entre elas a artemísia, e massagens vaginais com óleo aquecido durante o parto. Os exercícios respiratórios para aliviar a dor eram bastante utilizados e foram defendidos por Aristóteles e Hipócrates (460-377 a.C.) Hipócrates foi de grande influência nos preceitos obstétricos, compendiando e difundindo, reformados, os conhecimentos que a tradição recolhera e conservara.
Na Grécia antiga, "o conhecimento e o saber empírico sobre a parturição permaneceram com as parteiras, que mantinham estreitas relações com os filósofos da época". Estava nas atribuições da maieuta arranjar e celebrar casamentos, escolhendo as parcerias consideradas mais adequadas, e elas tinham grande saber sobre afrodisíacos. Sócrates explica a Teeteto: "às autênticas maieutas, e só a elas, pertence ajustar bem os casamentos", de maneira a propiciar os filhos mais perfeitos
A maieuta, quando avaliava se valia à pena criar o recém-nascido, poderia recomendar a exposição quando se tratava de gravidez indesejada, prematuros, malformados, meninas em famílias que preferiam meninos mais valorizados; ou meninos, em famílias que já tinham o número considerado adequado de herdeiros varões.
Ela era também encarregada da contracepção - para a qual usava espermicidas e métodos de barreira - e do aborto, que era legal e dependia do consentimento do marido, caso houvesse algum. Aristóteles achava que o aborto era obrigatório nos casos de "contravenção" às normas reprodutivas, como o excesso de filhos. Apenas a maieuta fazia abortos, que eram vedados aos médicos
As maieutas gozavam de um status social muito elevado entre 800 e 500 a.C., mas este teria declinado em poucos séculos, de modo que Agnosdike (ou Agnosdice ou Hagnosdice), famosa física e maieuta ateniense, que viveu entre os séculos IV e III aC, teve de se disfarçar de homem para estudar medicina, no período em que essa prática foi proibida às mulheres

4 - A Obstetrix romana

Entre as romanas, existia um "culto obstétrico popular", o de Juno Lucina. Lucina Dea (deusa que dá à luz) era o termo aplicado tanto a Juno quanto a Diana em suas tarefas relativas ao parto. Seu nome deriva de lux, "luz", visto ser quem dava o nascituro à luz, donde deriva a expressão que usamos hoje
Sabe-se que entre os romanos as mulheres praticavam a medicina, e segundo a própria Mettler, as mulheres chamadas medicas eram numericamente expressivas, e não praticavam apenas a obstetrícia. As mulheres médicas de Roma que, acompanhadas de seus escravos, examinavam a urina, aplicavam sanguessugas e utilizavam a papoula como anestésico nas cirurgias além das médicas, que eram numerosas, havia as obstetrix, as ornatrix, que cuidavam da cosmética e, segundo inscrições nos túmulos romanos
As mulheres médicas, romanas ou estrangeiras, praticaram em Roma onde gozavam grande liberdade e, de longe, muito mais consideração que em qualquer outra localidade do mundo Mediterrâneo. A maior parte de seus conhecimentos médicos era de natureza prática, pois as escolas médicas não eram abertas às mulheres.
O que vem a ser uma obstetrix? É toda mulher que examina as mulheres, instruída e perita na arte de tratar com eficiência; de tal maneira que é capaz de curar as doenças delas todas.

Conclusão


Olhando para todos estes costumes e práticas das mulheres da antiguidade podemos refletir a posição da mulher netas épocas.
Vemos que as mulheres, apesar de muitas vezes marginalizadas pelos homens, consideradas apenas como força de trabalho, ou como simples fonte de reprodução, sempre tiveram sua importância na sociedade.
 Podemos perceber isso quando observamos nestes relatos históricos sobre as parteiras o quanto essas mulheres eram importantes e influentes no meio em que viviam e como contribuíram para a “ciência” média em sua época, além de deixarem um legado de experimentos, que com certeza, serviram para estudos mais aprofundados em época posteriores.
Concluímos este trabalho tendo a certeza da importante contribuição feminina na formação da historia.

Bibliografia


PACKER, J.L e outros, O mundo do Antigo Testamento. 8º ed. São Paulo: Vida, 2002.
VEYNE, Paul – organizador História da vida privada. V1. São Paulo: Companhia das Letras, 1990
ALEXANDER, Pat e David – editores, O mundo da Bíblia. São Paulo: Paulinas, 1985
GOSSMANN, Elisabeth – coordenação, Dicionário de Teologia Feminista. Petrópolis. Vozes, 1996
DOUGLAS J. D. – organizador, O novo dicionário da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 1995

Sites:
www.mulheres.org/parto/mestrado   - data 10/06/2004

A Mulher em Israel na época de Jesus



A mulher, entre os judeus, era não mais que um objeto pertencente ao marido, como seus servidores, suas edificações e demais posses legais. Ela devia ao esposo total lealdade, mas, por princípio, era considerada como naturalmente infiel, desvirtuada e falsa. Por esta razão, sua palavra diante de um juiz não tinha praticamente valor algum.
Embora ela fosse obrigada a ser fiel ao matrimônio, o marido não tinha os mesmos deveres matrimoniais. Além de tudo, ele podia rejeitá-la por qualquer motivo, mesmo que, legalmente, não pudesse negociá-la como qualquer outra propriedade. Dificilmente a esposa poderia, por iniciativa própria, se desligar do casamento.
Uma mulher envolta em laços conjugais não podia jamais ser contemplada por outro homem, ou por ele ser abordada, mesmo que fosse para uma simples saudação. No interior da sociedade judaica, ela ocupava uma posição bem inferior à do homem. Até na esfera espiritual a mulher era considerada desigual, e para ela estava reservado um local à parte no templo, assim como era obrigada a caminhar, na rua, distante dos homens.
Legalmente ela era proibida de tudo e estava constantemente submetida a todas as punições civis e penais imagináveis, sujeita até mesmo à pena capital. Também nos momentos das refeições a mulher era isolada, pois ela não podia se alimentar ao lado dos homens. Assim, ela permanecia em pé, pronta para ajudar o marido a qualquer instante.
Normalmente as mulheres viviam reclusas em suas residências e as janelas, quase sempre, eram construídas com grades para que elas não pudessem ter seus rostos vislumbrados pelos passantes nas ruas. Se um homem tentasse se dirigir a uma mulher, cometia um pecado muito sério.
Por esta breve visão já é possível perceber o quanto Jesus, em sua época, revolucionou o tratamento oferecido pelos homens às mulheres. Um dos episódios mais chocantes do Evangelho é justamente aquele no qual Ele se dirige à mulher samaritana. Este povo era aguerrido adversário dos hebreus, desde a cisão entre as tribos de Israel.
Assim, ao se revelar claramente como o Messias para alguém desta comunidade, especialmente a uma mulher, Ele deixou tanto samaritanos quanto judeus perplexos. Além disso, Jesus mantinha, entre seus discípulos e seguidores, diversas mulheres, entre elas, Maria Madalena, vista com preconceito pelos judeus, que a consideravam uma traidora de seus princípios, como uma prostituta.
Não bastando isso, Ele curava indistintamente homens e mulheres, e procurava integrar socialmente aquelas que tinham sido excluídas. Ele até mesmo perdoou a mulher adúltera, a qual os judeus costumavam apedrejar até a morte. E foi justamente uma mulher que testemunhou sua Ressurreição, embora até os discípulos mais fiéis de Jesus encarassem suas palavras, inicialmente, com desvelado ceticismo.
Na época, mesmo a mulher não sendo infiel ao esposo, se este fosse dominado pelo espírito do ciúme, como está descrito na lei mosaica, sob o título de ‘A Oferta do Ciúme’, ele poderia levá-la diante do sacerdote, mesmo sem nenhum testemunho ou flagrante, e realizaria então esta oferta ritual. Desta forma, ela ficaria para sempre marcada e amaldiçoada diante da sociedade judaica.

Fontes:
José Carlos Leal. Maria Madalena. A Testemunha da Paixão. Léon Denis Gráfica e Editora, Rio de Janeiro, 2009.
http://www.ceallankardec.org.br/NO%20TEMPO%20DE%20JESUS.htm
http://www.rmesquita.com.br/oito.htm
Arquivado em: Religião, Sociedade
Por Ana Lucia Santana

A História Política de Israel na Época de Jesus Cristo.

Quando surgiu o cristianismo toda a região do mar mediterrâneo estava sobre o comando político de Roma. Palestina tinha sido dividida entre o reino do norte Israel e do sul Judá, fato que aconteceu depois da morte de Salomão.
Essa região estava enfraquecida politicamente e socialmente devido às lutas internas e externas, motivos pelos quais levaram a queda de Samaria, a capital do reino do norte no ano 722 antes da nossa era.
Quanto ao reino de Judá continuou independente até a conquista  da Babilônia pelo ano 605 antes da nossa era, sendo que de 586 a 539, os judeus foram escravos  na Babilônia.
Mas quando os persas dominam os Babilônios, com a ajuda dos judeus, em gratificação permitiram os mesmos dar continuidade seus cultos, costumes culturais e religiosos, posteriormente facilitaram aos mesmos voltarem a Judá.
 Após esse acontecimento político a região de Judá passou a ser chamada de Judeia.
Mas para o azar dos Judeus no ano 333 antes da nossa era, os gregos sobre o comando de Alexandre o grande, conseguiram vencer os persas formando um grande império, incluindo a Palestina nos domínios Macedônicos.  
Mas com a morte de Alexandre no ano 323 antes da nossa era, o império foi dividido entre seus generais, foram vários anos de luta, com aparecimento de quatro grandes impérios, sendo os mais importantes Egito e Síria.
A Palestina localizada entre os dois era tida como passagem estratégica durante os movimentos militares. A Judeia região política e religiosa concentrava na cidade de Jerusalém, os impostos que eram pagos ao Egito e à Síria.
No entanto no ano 198 antes da nossa era, o rei Selêucida Antíoco III tomou posse de toda região, logo em seguida  a Judeia cai sobre  ao domínio da Síria.
No ano de 175 sobe ao trono da Síria Antíoco Epífanes, o filho de Antíoco III, envolvendo em seguida em uma guerra com Egito.
 Isso porque o povo judeu sempre deu apoio ao Egito, principalmente os lideres religiosos, sacerdotes e escribas.  
A religião e a política sempre unidas na Judeia, o sumo sacerdote presidia tantos os sacerdotes no grande templo, quanto os anciões no Sinédrio, tribunal com a função de julgar questões criminais e administrativas.
Disposto penalizar os Judeus, o rei  Antíoco dirigiu sobre a cidade de Jerusalém, derrubando muros, saqueou o templo, levando vasos sagrados, ouro e dinheiro.
Para acabar com a religião como força política proibiram imediatamente todas as formas de cultos, principalmente ao Deus Javé, dando início as perseguições.
Com a profanação do templo,  a construção de um altar pagão no lugar do altar dos holocaustos.  Contra essa atitude os macabeus se revoltaram do mesmo modo todo povo judeu devoto, reuniu nas montanhas com objetivo de enfrentar os Sírios.
A força militar generalizou a guerra religiosa, transformou em vitória política, a Cidade de Jerusalém foi reconquistado, o templo reconsagrado em dezembro do ano 165 antes da nossa era.
Posteriormente, um poderoso exército Sírio em direção a Jerusalém derrotando os Macabeus, reduzindo a um pequeno grupo isolado nas montanhas.
No entanto, esse grupo recuperou a credibilidade dos Judeus, conquistando confiança e sobre o comando  de João Hircano que chega ao poder, domina a Palestina com exceção do norte da Galileia, conquistada posteriormente pelo Aristóbulo, filho de Hircano.
Os saduceus apoiavam os rebeldes, mas não tinham aprovação dos fariseus separatistas, pois não aprovavam a política de Hircano, por ter feito acordos com Roma.
Isso levou uma violenta guerra civil entre o povo judeu, que duraram muitos anos, com supremacia sempre ora dos fariseus ou saduceus no comando do poder.
Essa guerra chegou ao seu final com tomada de Jerusalém por Pompeu no ano 63 antes da nossa era. Transformando todos os judeus como súditos de Roma.
Pompeu com objetivo de fazer alianças internas indicou o edomita, descendente de Esaú, Antípatro como procurador de da Judeia, tendo como sucessor seu filho Herodes o Grande, isso em 47 antes da nossa era.
Para conquistar o povo, Roma permitiu a construção do templo com esplendor, Jesus teria nascido durante o reinado de Herodes, muito provável no ano 6 antes da era do cristianismo.
Herodes dividiu o reino entre seus filhos: Judeia foi dada a Arquelau, Herodes a Antipas, Galileia a Filipe.
 Arquelau por motivos políticos foi exilado no ano 6 já da nossa era, seu território passou a ser administrado por procuradores romanos, dos quais Pilatos seria o quinto.
Herodes governou até o ano 39 da nossa era, aquele que condenou Jesus, foi destituído do poder, Filipe morreu sem herdeiros em 34.
Herodes Agripa I, neto de Herodes o grande, protegido por Calígula, conseguiu reunificar o reino do Herodes avô.

Fonte: Edjar Dias de Vasconcelos.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

MARRAKECH - MARROCOS

Marrakech 

Quando o vento do deserto sopra sobre as montanhas Atlas, o céu de Marrakesh ganha um tom de azul estonteante, que contrasta com o coral das paredes de estuque de suas belas mansões e ruas sinuosas. A cidade é famosa pelo aroma da comida condimentada que se espalha no ar, pelo chá de menta que é um hábito local e pelas incríveis peças de artesanato que produz, qualquer turista se encanta com as peças feitas em prata pelos artesãos locais, além dos lindíssimos lenços bordados à mão. Ex-capital imperial, abriga a eletrizante Djemaa El Fna, uma praça ampla que se enche de sons e aromas à noite, e um mercado labiríntico, que ferve de dia. Descoberta pelas celebridades hippies dos anos 1960, vive um boom turístico desde então; com um milhão de habitantes, multiplica hotéis e restaurantes para receber seus visitantes ocidentais. Marrakech é a mais importante cidade imperial na história do Marrocos.
Marrakech possui o maior mercado tradicional de Marrocos e também tem uma das mais movimentadas praças na África e de todo o mundo, a Djemaa el Fna. Explore os imensos palácios, museus e monumentos da cidade. Marrakech é famosa pelos seus mercados, onde você pode comprar  praticamente de tudo. Preste atenção na hora de negociar. Para os árabes a negociação do preço é uma arte e é até uma ofensa não pechinchar.
A Medina de Marrakech é vibrante! O passeio por essa medina é cheio de  entretenimento, são acrobatas, dançarinos, cantores, encantadores de serpentes, mulheres tatuando as mãos, ao som de instrumentos e ritmos diferentes
Uma coisa que chama atenção em Marrakech é que todas as casas são cor de terracota pois o vento intenso sujava todas as casas de terra então a pintura em terracota foi adotada e hoje é uma das peculiaridades da cidade.



Obrigada

Obrigada Deus e a todos os seus anjos, pois o Senhor é fiel, promessas aguardadas a 25 anos em minha vida começam a se cumprir. Aleluia.

quarta-feira, 30 de março de 2016

“E ANTES MESMO DE SABER O SEU NOME, EU SABIA QUE TE AMAVA.”





FF

AS DORES DA ALMA


"As dores da alma não saem no jornal, não viram capa de revista e só quem sente pode avaliar o estrago que elas causam...
Por isso....
Ame-se para amar e ser verdadeiramente amado...
Sorria para que o mundo seja mais gentil...
Dedique-se, para que as falhas sejam pequenas,...
Não se compare a ninguém, você é único...
Repare nas pequenas coisas, mas ... cuidado com as grandes que as vezes estão bem diante do nosso nariz e não enxergamos.
Sonhe, pois o sonho é o combustível da realização...
Tenha amigos e seja o melhor amigo de todos,...
Apaixone-se pela vida e por tudo o que é seu...
Acredite em seu poder de sedução, estimule-se, contagie o mundo com o seu melhor...
Creia em “Deus”, pois sem Ele não há razão em nada...
E tenha sempre a absoluta certeza de que, depois da forte tempestade, o arco-íris vai surgir e o sol vai brilhar ainda mais forte.
Eu acredito em você! "

(Paulo Roberto Gaefke)